"Freud, me tira dessa! narra a história de Catarina, uma jovem que passa a morar sozinha em função do novo emprego. Dona de uma vida amorosa catastrófica e disposta a rever suas escolhas, Cat busca ajuda na psicoterapia. Como se não bastasse o dolorido processo de conhecer a si mesma e de adentrar na relação com seus familiares, Catarina se apaixona pelo terapeuta. No auge de sua angústia, a personagem recorre ao pai da Psicanálise para sair dessa. Por meio das confusões de Cat, é possível não simplesmente rir, mas também se identificar com a profunda trajetória de autoconhecimento e aceitação da própria história."
Quem me conhece sabe que eu sou super fã de chicklit e não dispenso uma boa dose de humor. E foi numas dessas e outras buscas de livros pra completar minha estante, que eu me deparei com a sinopse de Freud, me tira dessa! um livro fofíssimo, da mais fofa ainda, Laura Conrado. Acabei participando de uma promoção pra tentar levar o livro e perdi (com esse texto aqui, rs), mas acabei aproveitando a oportunidade e a Laura, super simpática, aceitou dar uma entrevista pra gente! Vamos conferir?
Being Journalists - Freud, me tira dessa! é seu primeiro livro voltado para um público mais adolescente e jovem, não é? Como surgiu essa paixão pela escrita? Principalmente levando pra esse lado mais cômico?
Laura Conrado - Desde que me entendo por gente quero ser escritora. Gosto de me expressar pela escrita. Quando pequena fazia meus próprios livros e jornais com as folhas do caderno. Acredito que levar vida com humor é fundamental. Claro que não pode ser um riso alienado. Mas acredito que rir de si mesmo é um grande sinal de aceitação de si próprio.
BJ - Qual parte do livro você mais gostou de escrever? E você acha que o público vai se identificar com a Catarina?
LC - Eu amei escrever o livro inteiro. Foi uma época muito boa, onde pude me conhecer por meio das coisas que escrevia. As cenas da Catarina com os amigos – Mônica, Fabi e Fernando – foram muitas boas de escrever por que me inspirei em amigos meus. Mas confesso: as cenas em que a Cat dá o troco na Carminha, colega de trabalho que a perseguia, foram de lavar a alma! Muitos se identificam com a Cat por isso: ela não é perfeita. Ela compartilha sentimentos e situação comuns a todos nós. Graças a Deus, tem dado muito certo. As pessoas me escrevem dizendo que se veem na Catarina e em seus amigos.
BJ - Mesmo afirmando que o livro não é auto biográfico, você disse que se inspirou em alguns momentos da sua vida pra escrever. Quanto de Laura a personagem carrega?
LC - A Catarina tem uma estrutura familiar bem diferente da minha. Mas coloquei muitos dos meus conflitos nela. O interessante é que esses conflitos são também os de muitas pessoas. E a trama principal do livro foi baseada numa experiência minha. Quando tinha 22 anos, me apaixonei pelo meu antigo analista. A história me proporcionou um autoconhecimento e amadurecimento muito grande. E depois que a fase ruim passou, ficava horas divertindo minhas amigas com as confusões que entrava. Achei que essa situação daria um livro interessante.
LC - A Catarina tem uma estrutura familiar bem diferente da minha. Mas coloquei muitos dos meus conflitos nela. O interessante é que esses conflitos são também os de muitas pessoas. E a trama principal do livro foi baseada numa experiência minha. Quando tinha 22 anos, me apaixonei pelo meu antigo analista. A história me proporcionou um autoconhecimento e amadurecimento muito grande. E depois que a fase ruim passou, ficava horas divertindo minhas amigas com as confusões que entrava. Achei que essa situação daria um livro interessante.
BJ - E você achava que iria receber todo esse carinho das suas leitoras?
LC - Eu sonhava com isso, mas tem sido melhor do que eu esperava. De alguma forma, as pessoas se sentem próximas depois que leem o que escrevo. Aí me escrevem com intimidade, afeição. É muito compensador e me deixa muito feliz!
BJ - Li que você cursou Psicologia, mas logo mudou pra Comunicação Social. Como foi que você descobriu a 'Laura Jornalista'?
LC - Eu prestei vestibular para Psicologia, mas optei pela Comunicação justamente por gostar de escrever. Tenho algumas identificações no jornalismo como a busca pela verdade, ouvir todos os lados da história e comunicar. Mas hoje meu sonho é poder viver só das histórias que crio!
BJ - E durante esse tempo você já pensou em mudar de profissão de novo?
LC - Estou bem focada e dedicada à escrita. Ainda faço trabalhos como jornalista, mas quero mesmo viver da escrita.
BJ - Qual a melhor parte de ser escritora?
LC - Ter contato com os leitores, com certeza. O livro permite um retorno muito pessoal do leitor, o que acaba te deixando bem próximo deles. Outra parte que eu gosto muito é de extravasar por meio da escrita. Ali você se conhece, coloca medos, desejos e frustrações para fora. É um ofício que te permite ser humano, se mostrar.
BJ - Que conselho você daria para aqueles que também pretendem virar escritores?
LC - É fundamental confiar no seu trabalho. E confiança só vem com preparação. Leia muito para melhorar vocabulário, criar estilo e exercitar a criatividade. E escreva sempre. Nada como a prática para nos deixar seguros para publicar.
BJ - Vamos fazer um jogo rápido?
Um lugar? Belo Horizonte Uma pessoa? Vou escolher “eu mesma”; não tem como ser legal com os outros se eu não for legal comigo mesma!
Um livro? Crime e castigo, de Fiódor Dostoiésvki.
Uma mania? Dormir de meia.
Uma frase? “Aquele que tem por que viver suporta quase qualquer como.” -Friedrich Nietzsche
Se pudesse conhecer seu maior ídolo, escolheria...? Admiro algumas pessoas que não estão mais vivas. Então, se eu pudesse, gostaria de conversar com a Clarice Lispector e claro, com o Freud!
A Laura é...? Uma pessoa que “possui a estranha mania de ter fé na vida.” (Da música Maria Maria, do Milton Nascimento e Fernando Brant.)
Um recado pros leitores: Acredito que uma das melhores coisas que podemos fazer por nós mesmos é nos conhecermos. Por meio do autoconhecimento entendemos nossas escolhas, nos harmonizamos com nossa história e, sobretudo, aceitamos melhor as outras pessoas.
Um livro? Crime e castigo, de Fiódor Dostoiésvki.
Uma mania? Dormir de meia.
Uma frase? “Aquele que tem por que viver suporta quase qualquer como.” -Friedrich Nietzsche
Se pudesse conhecer seu maior ídolo, escolheria...? Admiro algumas pessoas que não estão mais vivas. Então, se eu pudesse, gostaria de conversar com a Clarice Lispector e claro, com o Freud!
A Laura é...? Uma pessoa que “possui a estranha mania de ter fé na vida.” (Da música Maria Maria, do Milton Nascimento e Fernando Brant.)
Um recado pros leitores: Acredito que uma das melhores coisas que podemos fazer por nós mesmos é nos conhecermos. Por meio do autoconhecimento entendemos nossas escolhas, nos harmonizamos com nossa história e, sobretudo, aceitamos melhor as outras pessoas.
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