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Resenhando: Delírio, Lauren Oliver

Nome: Delírio
 Autora: Lauren Oliver
 Editora: Intrínseca 

É o mais mortal de todos os males: você pode morrer de amor ou da falta dele.

Vontade de começar essa resenha com um palavrão. Mas não porque eu não gostei do livro, e sim porque sabe quando você tá tão feliz, mas tão feliz que só um palavrão expressa seu sentimento ? Então, foi assim que me senti quando terminei esse livro. 

Mas como o Being Journalists é um blog de família, não posso. Então vou tentar explicar o quanto eu gostei do livro só com palavras bonitas e delicadas. 
Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.
O livro é narrado por Lena, uma garota que está prestes a completar 18 anos, e não vê a hora de esse dia chegar. Não pra ter liberdade e fazer o que quiser, e sim porque finalmente vai ser curada. Mas antes de que esse dia chegue, ela acaba conhecendo Alex, um garoto com olhos cor de âmbar e pele morena. Não deu outra, e eles se apaixonaram.

No começo tudo foi lindo, mas quanto mais perto o dia da intervenção chegava, mais desesperada Lena ficava. 

Agora ela tem que decidir o que vai fazer da vida, se abaixa a cabeça e aceita a lei, ou se se entrega completamente ao amor. 

Eu adoro distopias, e esse livro com certeza é um dos meus preferidos. Terminei o livro com lágrimas nos olhos, e mal posso esperar para ler o próximo volume da trilogia, que se chama Pandemônio. O livro ainda não foi lançado em português, mas estou tão desesperada que penso em comprar ele em inglês mesmo.

O calor começa a correr por meu corpo, uma sensação pulsante, como se milhares de passarinhos tivessem sido soltos em meu peito. (…) Antes, Alex pareceu distante. Agora o lugar está cheio dele: tão próximo que não consigo respirar, não consigo me mover, falar ou pensar. Toda vez que seus dedos me tocam, o tempo parece parar por um segundo, como se pudesse se desfazer. O mundo inteiro está se desfazendo, concluo, exceto nós. Nós.
O problema é que mais uma vez, fiquei apaixonada por um personagem fictício. Quero um Alex pra mim. Não paro de pensar nele um só segundo, e se ele aparecesse por aqui seria mais fácil do que é pra ele e para Lena. Não tem opressão aqui em São Paulo, viu, Alex? 

O livro inteiro me deixou apaixonada. Principalmente o capítulo 14, qual me vi sentindo todos os sintomas de Amor Deliria Nervosa, mas sem a parte do sofrimento. Amém.

Pra terminar, mais um quote do livro: 

 Amor: uma única palavra, algo delicado, uma palavra que não é mais larga ou longa que uma lâmina. É o que ela é: uma lâmina, uma navalha. Ela corre pelo centro de sua vida, cortando tudo em duas partes. Antes e depois. O restante do mundo cai em ambos os lados.
    Antes e depois — e durante, um momento que não é mais largo ou longo que uma lâmina.


P.S.: A capa do livro é toda espelhada e linda, então não tem imagem de boa qualidade. Peguei a imagem do post desse flickr, todos os direitos são da guria dona dele.


2 comentários

  1. Que resenha apaixonada, hein? Eu ainda não li o primeiro livro, mas parece que a série é daquelas que prendem e encantam. Ainda não me habituei muito às distopias, mas quando a história é boa, acho que não importa o gênero.

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    1. Apaixonada mesmo haha Eu amei o livro demais da conta... E quero ler a sequência logo, não to aguentando haha

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