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28
nov
2012

Resenhando: Fala sério, amor!

Fala sério, amor!
Nome: Fala sério, amor!
Autor: Thalita Rebouças
Editora Rocco

Minha irmã quis muito comprar um livro da Thalita depois de ver uma entrevista dela. Foi aí que quando a levei na livraria, depois de uma sessão de cinema, ela resolveu levar esse livro. Ou a outra versão dele, qual eu não achei a capa pra colocar como foto (desculpem!).


Encerrando a série Retratos de Malu, iniciada com Fala sério, mãe!, a escritora Thalita Rebouças, que atualmente vende quatro livros por hora e já bateu a marca de 70 mil exemplares vendidos, lança mais um livro sensível e divertido estrelado pela protagonista que virou queridinha de milhares de meninas de norte a sul do país. Em Fala sério, amor!, Malu, ela mesma, a Maria de Lourdes, moradora da Tijuca, filha da Ângela Cristina, está de volta para contar suas descobertas amorosas desde a infância até o fim da adolescência. E a menina está afiada. Os "ficantes", os rolos passageiros, o namorado grudento, o ciumento, os doidos que aparecem pelo caminho, os fofos, os pais dos namorados, os seus pais e os namorados... ela sempre tem uma boa história para contar. Sorte das leitoras, que certamente vão se identificar com as muitas alegrias e furadas em que a Malu já se meteu e rir junto com ela. 

O livro conta a história de todos os amores de Malu, desde os seus sete anos. Seu primeiro amor foi o  Guilherme Almeida e ela tinha certeza que ele era o amor da vida dela. Depois, lá com uns 10, sofreu um grande trauma envolvendo um pato. E assim vai, rolos e mais rolos, os pais envolvidos na relação, tentar namorar homens mais experientes, e a experiência do primeiro beijo, nada disso fica de fora das crônicas maravilhosas e divertidas que a Thalita nos apresenta. Me lembro de já ter lido esse livro quando tinha uns 14 anos, e me dei conta que agora, com 18, me identifico muito mais com a Malu do que me identificava antes. 
A narrativa é fluida e envolvente e as crônicas vão se encadeando de uma forma que sempre dá aquela vontade de "ler só mais essa, mais uma, e outra...". Quando se dá conta, o livro já acabou e deixa um gostinho de quero mais. Fala sério, amor! confirma mais uma vez o talento de Thalita Rebouças para escrever para o público jovem e mostra por que ela é hoje um fenômeno no mercado editorial brasileiro.
É por essas e outras que li o livro em poucas horas. O devorei. É muito gostoso de ler, e eu, sem dúvidas nenhuma, recomendo. Esse é tipo de livro que você tem que ler pelo menos 3 vezes na vida, e talvez mais, porque você não vai se cansar nunca.

23
nov
2012

Entrevistando: Carolina Munhóz

Carolina Munhóz tem 24 anos e nasceu na cidade de São José do Rio Preto (SP). Cursou jornalismo, mas gosta mesmo é de escrever. Tive o prazer de conhece-la na Bienal aqui de São Paulo, e super simpática ela aceitou dar uma palavrinha para o Being Journalists! Confira como foi:

Being Journalists - Você fez faculdade de jornalismo, por que esse curso?
Carolina Munhóz - Eu não queria desistir da carreira de escritora, mas precisava fazer uma faculdade. Então optei pelo jornalismo, pois poderia me ajudar no futuro com meus livros. 

BJ - E como surgiu essa vontade de escrever? 
CM - Eu já escrevia fanfics de Harry Potter, mas com 16 anos que comecei a escrever meu livro. Estava em uma fase muito forte de depressão e em uma das noites que chorava pendido por uma luz, sonhei com uma fada muito linda e toda uma história de amor. No dia seguinte “A Fada” começou a ser criada.

BJ - Como foi pra você a experiência de ter o lançamento de 'O Inverno das Fadas' na Bienal de São Paulo ?
CM - Foi mais do que maravilhosa. Eu esperava um certo carinho do público, mas não o que recebi naquele final de semana. Foram diversas pessoas fofas conversando comigo durante todo o dia. Amei a experiência. 

BJ - Como surgiu a ideia de escrever o livro ? E como foi o processo?
CM - “A Fada” surgiu através do sonho que comentei e brinco que o processo criativo foi no estilo “Chico Xavier”. Já com “O Inverno das Fadas” foi bem diferente. A ideia surgiu durante a pesquisa para A Fada e quando vi a lenda das Leanans Sídhes já sabia o que escrever. Estruturei toda a história, pesquisei muito e fiquei seis meses nesse processo. 

BJ - Antes de 'O Inverno das Fadas' você escreveu também 'A Fada', por que fadas ?
CM - Eu não escolhi as fadas. Acredito que elas me escolheram. Nunca tive uma ligação forte com esse ser, mas quando percebi estava só escrevendo sobre as lendas delas. Hoje fico muito feliz de ter sido apresentada a esse mundo mágico.

BJ - Sophia x Mel, qual delas é a sua preferida ?
CM - OMG! Muito difícil essa pergunta. Não sei bem o que responder, mas acho que ficarei com a Mel, por ser um reflexo do que eu era.

BJ - Qual a melhor parte de ter seu trabalho publicado e reconhecido ?
CM - A melhor parte é saber que posso abraçar vários leitores incríveis nos eventos. Sempre quis que meus livros chegassem aos leitores e ver isso acontecendo é o mais gostoso. 

BJ - Vi que você conheceu o Rupert Grint, e até deu um selinho nele! Como é que foi essa história?
CM - Estive no lançamento de Harry Potter e a Ordem da Fênix em Los Angeles. Nesse final de semana, acabei fazendo diversas maluquices e uma delas foi pedir um beijo para o ator Rupert Grint (Rony Weasley). Não esperava que o beijo fosse na boca e quase morri. 

BJ - Você já viajou para a França, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha entre muitos outros países. Como foram essas experiências pra você? 
CM - Mágicas. Sou apaixonada pelo mundo e por isso quero desbravá-lo. Sempre que posso junto meu dinheirinho e viajo. Nunca dependi de ninguém para fazer isso, pois é algo que amo e quero fazer do meu modo.

BJ - Qual dica você dá para os jovens que um dia querem se tornar escritores? 
CM - Leia, pesquise e divirta-se. Essa é a trindade. Ler é fundamental para conhecer o mercado e exercitar seu modo de escrita. Pesquisar sobre o mundo editorial e sobre os tópicos que vai abordar é essencial. E é preciso se divertir no processo para valer a experiência. 

Agora um joguinho rápido: 

Uma frase? Ilumine com sua luz as trevas que o circundam. Nada acontece ao homem que sua natureza não esteja preparada para suportar. 
Uma música? Alicia Keys - Un-thinkable (I'm Ready)
Uma pessoa? J.K. Rowling
Um lugar? Londres 
Um filme e/ou livro? Harry Potter 
Uma lembrança? A primeira vez que sentei na Trafalgar Square
A Carolina é...? Nerd
Um recadinho pros seus leitores? Que as fadas iluminem todos vocês. Obrigada por tudo! 

Muito fofa, né ? Você pode acompanhar o trabalho dela através do twitter, e não esqueçam que o livro A Fada vai ter um re-lançamento pelo selo editorial Fantasy! O livro já está em pré venda na Saraiva e eu já reservei o meu!
17
nov
2012

Resenhando: A Ascensão dos Nove, Pittacus Lore

Nome: A Ascensão dos Nove
Autor: Pittacus Lore
Editora Intrínseca

Antes de encontrar John Smith, o Número Quatro, eu estava sozinha, lutando e me escondendo para continuar viva. Juntos, somos ainda mais poderosos. Mas isso só vai durar até precisarmos nos separar para localizar os outros. Fui até a Espanha em busca da Número Sete e encontrei mais do que esperava: um décimo membro da Garde, que conseguiu escapar vivo de Lorien. Ella é mais jovem que o restante de nós, mas igualmente corajosa. Agora estamos à procura dos outros — de John inclusive. 
Atenção: Se você ainda não leu o segundo volume da série, O Poder dos Seis, não leia esse post se não quiser spoilers do livro.

Que eu sou apaixonada pelos Legados de Lorien, vocês já sabem. Agora que esse livro, apesar de bem lento às vezes, foi o meu volume preferido da série, vocês ficam sabendo agora.

Strákus Ra agora está na Terra, e isso indica mais do que nunca que o confronto final está próximo. A Garde ainda não conseguiu se reunir completamente, mas está mais forte do que nunca. Número Seis está agora com Marina (Número Sete), Ella (Número 10) e Crayton (seu cêpan) em busca do Número Oito. Enquanto isso, Número Quatro e Número Nove estão fugindo dos Mogadorianos e ao mesmo tempo tentando encontrar os outros números.

Assim como em O Poder dos Seis o livro é narrado por mais de uma pessoa. Mas dessa vez, por Número Seis, Número Sete e pelo Numero Quatro. O livro traz cada capítulo em fonte diferente, mas não é necessário nenhum esforço pra saber quem está narrando, e Pittacus Lore deixa clara a individualidade de cada personagem.

Pra quem já leu Os Arquivos Perdidos — Os Legados do Número Nove, o personagem em si pode não parecer ser o mesmo. Nos Arquivos o Nove é um cara meio inseguro, e não totalmente bagunceiro e metido como na maioria das vezes é citado no terceiro livro da série. Mas como a maioria das pessoas inseguras, Nove se faz de garotão bonitão e fortão pra se esconder, e isso só me faz me apaixonar por ele ainda mais.

Agora o que me fez falta no livro, foi a número Cinco. Ou o número Cinco. Mas ainda acho que ela é uma menina, e mesmo antes de conhece-la, já me identifico. Não sei porque, mas já shipo Cinco e Nove. Me internem!

O livro ganhou 10 estrelinhas de 5. Porque foi muito melhor do que eu esperava. Sr. Lore, favor lançar a sequência logo, antes que eu tenha um colapso.


16
nov
2012

Resenhando: Os Arquivos Perdidos — Os Legados do Número Nove

Nome: Os Arquivos Perdidos — Os Legados do Número Nove
Autor: Pittacus Lore
Editora Intrínseca
Conhecemos o Número Nove aparece no final do livro O Poder dos Seis, quando John Smith (Número Quatro) foge do esconderijo dos mogadorianos e liberta o Número Nove. Nesse outro ebook complementar conhecemos um pouco mais da história do Garde mais sexy que existe.
Quando John o liberta de sua cela, em O Poder dos Seis, ele é feroz, irresponsável e pronto para lutar. Mas, ser mantido em cativeiro, muda uma pessoa, mesmo de Lorien. Veja como Nove era antes de sua captura, e leia, à partir de seu ponto de vista, sua dramática fuga. Em Os Arquivos Perdidos: Os Legados do Número Nove, descubra a história por trás do Nove. Antes de conhecer John Smith, também conhecido como Número Quatro, antes de ser preso, Nove foi caçar os Morgadorianos em Chicago, junto com seu Cêpan, Sandor. O que aconteceu lá mudaria Nove para sempre...
Número Nove morava em Chicago à cinco anos quando recebeu a primeira visita dos Mogadorianos. Seu Cêpan, Sandor, acreditava que o melhor jeito de se esconder era aos olhos de todos. E teria dado certo se o número Nove, conhecido no momento como Stanley Worthington, não tivesse se descuidado em sua corrida matinal. Sandor gostava de tecnologia, e no alto da torre onde moravam tinha de tudo, desde armas poderosas até armadilhas nos elevadores.

Sandor era um cara tão inteligente, então criou um IMog, um IPod modificado que podia rastrear e apontar presença de Mogadorianos.

Apesar de viver exilado, Número Nove conhece uma humana encantadora chama Linda Maddy. Ele começa a se envolver com o garota até que...Não vou contar! Só sei que vale muito a pena ler esses ebooks complementares. Eles ajudam você a entender muitas coisas, inclusive como o Número Nove foi capturado.

Pra terminar a resenha, digo somente uma coisa: Você, lorieno que está lendo isso, não confie em humanas atraentes. Nunca. Mulher não presta! Somente.

15
nov
2012

Momento Pipoca: Amanhecer — Parte 2


No trailer oficial do filme, os produtores da saga nos prometeram um final épico. E o que conseguimos? Um último filme que nos faz arrepiar, suspirar e quase morrer do coração ? Sim! 

Com certeza, Amanhecer — Parte 2 foi o melhor filme da saga, mas isso não muda o fato de que também ainda existem algumas coisas que estragam o longa. Os efeitos cinematográficos, cá entre nós, desde o primeiro filme não agradam e não convencem. Penso em meus filhos assistindo esses filmes (e eles com certeza vão), e imagino os pirralhos rindo e dizendo que aquilo tudo é muito mal feito.

Mas deixando esse desespero de lado, alguns detalhes tiveram uma mudança boa. Como por exemplo os quilos de purpurina usados nos outros filmes da saga, não tiveram espaço na parte final do longa. O pó branco também perdeu um pouco do uso, deixando os vampiros um pouco mais naturais.

E agora, como descrever o momento clímax do filme sem dar spoiler? Digamos apenas que a cena do confronto com os Volturi quase me fez ter um ataque de nervos, sair jogando pipoca em todo mundo e sair xingando todos os produtores da série, e tudo isso com lágrimas de ódio no rosto. Depois de uns 10 minutos e mais de 1000 "Que p**** é essa, Beatriz?", finalmente deixei minha prima em paz e me acalmei, quando a reviravolta finalmente acontece. Amém.

E isso foi a coisa mais inteligente que já vi acontecer no cinema. Sem mais. Quem viu sabe do que eu tô falando, e quem não viu queira ver. Por mais que não goste da saga, vale a pena!

O filme estreou hoje mundialmente, mas já arrecadou mais de 2,5 bilhões de doláres! Só sinto dó, porque apesar de 5 filmes lançados, Crepúsculo ainda é mal visto. Não digo que sou fã, mas li todos os livros e vi todos os filmes. Admito que existem falhas, e muitas delas, mas a maioria das pessoas quer dar uma de cult, e seguir a linha Felipe Neto. Ninguém é obrigado a gostar de nada, mas falta respeito. E, ah, como falta!

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Apesar dos gritos, um cara resmungão do meu lado, e do milkshake derrubado na minha blusa, a sessão foi ótima. Os momentos de humor foram mais presentes nesse filme, e não tem como quase morrer de rir de Bella e Emmett em seu braço de ferro. Confesso que depois de ler o livro, essa era uma das cenas que mais queria ver!

Como já disse, Amanhecer — Parte 2, o último longa da saga estreou hoje em todo o mundo, e você pode ver o trailer no player abaixo. O filme ganhou 4 de 5 estrelinhas à lá Fani Belluz.




07
nov
2012

Momento Pipoca: Ruby Sparks - A Namorada Perfeita


E se você pudesse criar o seu par perfeito, com todas as qualidades desejadas e que atendesse à todas as suas vontades?

Calvin Fields é um típico escritor solitário e tímido, que passa pelo famoso "bloqueio de escrita", dez anos após ter alcançado um sucesso estrondoso com seu primeiro livro. Depois de tentar de todas as formas, sem êxito,  uma visita esclarecedora ao seu terapeuta parece ser o início de uma grande ideia para um novo romance, diferente de tudo que já escreveu.

Ruby Sparks, sua personagem, é a namorada que Calvin sempre sonhou: uma mulher inteligente, tímida, companheira e que compartilha de todos os seus gostos. A princípio, ela não passa de um ser fictício, mas a obcessão do autor em escrever mais e mais sobre sua protagonista, acaba realizando o impossível! Ruby agora é uma mulher real, e não mais apenas fruto da imaginação de Calvin. E ele está apaixonado por ela.

Essa situação poderia ser a melhor coisa que já aconteceu em sua vida, não fosse um detalhe: tudo que ele escreve sobre ela vira realidade. É justamente nessa hora que a mente de Calvin começa a entrar em conflito. Será que a perfeição realmente existe? E se existe, ela é mesmo o melhor pra ele?



Os motivos para assistir esse filme são muitos: a história possui um humor bem discreto e o romance não é nada clichê nem convencional, além de ter sido produzida pelos mesmos diretores de Pequena Miss Sunshine. E é claro que conferir Antonio Banderas (que interpreta o pai de Calvin) na telona nunca é demais!

Confesso que enrolei um pouco pra fazer essa resenha, afinal, quando uma coisa é muito boa, como descrever à altura? Então antes de achar que estou exagerando, recomendo que assistam o trailler que, diga-se de passagem, também não mostra todo o potencial desse filme incrível:


Quem gosta de escrever, com certeza vai se identificar com o filme e eu posso garantir que a inspiração de Calvin rende boas risadas, além de muitas outras histórias (como essa aqui que deixei no meu blog). 
O que estão esperando? Assistam e depois me digam se o romance de Ruby e Calvin não merece replay!

03
nov
2012

Resenhando: Belo Desastre, Jamie McGuire


Nome: Belo Desastre
Autora: Jamie McGuire
Editora Verus

Eu já vinha ouvindo falar de Belo Desastre há algumas semanas na blogsfera literária antes de conseguir comprá-lo. Na verdade, eu comprei esse livro mais ou menos às escuras. Estavam falando bem na internet, eu tinha lido algumas resenhas positivas, vi uma promoção imperdível no amigo Submarino e meu instinto de leitora voraz com um cartão de crédito falou mais alto.

- Um brinde! – Ele gritou. (...) – Aos babacas! (...) – E às garotas que partem o coração da gente. – ele curvou a cabeça para mim. Seus olhos tinham perdido o foco. – E ao horror de perder sua melhor amiga porque você foi idiota o bastante para se apaixonar por ela.”

Ao abrir a primeira página de Belo Desastre, somos transportados para o mundo oculto da Universidade de Eastern, onde lutas secretas acontecem em porões à noite, fora da vista dos professores. Travis Maddox é a “estrela” dessas lutas. Nunca perdeu para ninguém e é carinhosamente apelidado de “Cachorro Louco” por causa de seu desempenho nos ringues. É o bad boy da universidade e quando não está ganhando dinheiro clandestinamente com essas lutas, está ocupado tentando descobrir com qual menina do campus ele ainda não dormiu. Travis é primo de Shepley, que vem a ser namorado de America, a melhor amiga de Abby Albernathy. Abby foi parar em Eastern fugindo de um passado familiar conturbado. Ela quer recomeçar a vida e faz de tudo para ser certinha. Tira boas notas, se veste decentemente e não se envolve com meninos... Pelo menos não se envolvia até conhecer Travis.  

Não há como falar de Belo Desastre sem a pergunta clássica: “Essa história não é clichê?”. A menina certinha, santinha, boa samaritana que se apaixona por um bad boy sem salvação e consegue transformá-lo num bom rapaz e eles são felizes para sempre no final da história. A minha resposta é: NÃO. Belo Desastre não é um clichê adolescente. Abby não é tão certinha. E Travis não é um bad boy completo.

“Mas ele era o pior tipo de cara confiante. Não era apenas descaradamente ciente de seu poder de atração, mas estava acostumado com o fato de as mulheres se jogarem para cima dele, de modo que via meu comportamento frio como um alívio em vez de um insulto.”

Abby e Travis se conhecem por intermédio de America e Shepley e a relação deles já começa conturbada. Inicialmente, Travis fica intrigado pelo fato de Abby ser a única menina da universidade inteira que não quer nada com ele. Abby foge dele porque ele é a personificação de tudo o que ela deixou para trás quando foi para Eastern. Mas isso não impede os dois de fazer uma aposta que colocaria, qualquer que fosse o lado perdedor, numa situação complicada. Se Abby ganhar, Travis passa um mês sem sexo. Se Travis ganhar, Abby passa um mês no apartamento dele. E é nesse um mês que vida deles dois vira de cabeça para baixo – literalmente.

Em determinados momentos, Abby se mostra uma grande interrogação para o leitor. Ela luta constantemente contra o que está sentido por Travis, às vezes por medo, às vezes por teimosia e orgulho. Em minha opinião, em boa parte do livro, nem ela mesma entendia o que sentia por ele, por isso ela tomava algumas atitudes que me fizeram querer entrar no livro e dar uns tapas nela. E que fique claro: Ela não é a santinha que a sinopse pinta. Ela bebe, fala palavrão e se mete em situações no mínimo incomuns para as protagonistas imaculadas de outros livros. Então, se – quando – você for ler, não vá com essa imagem dela na cabeça.

Travis é o mais novo de cinco irmãos. Sua mãe morreu quando ele ainda era uma criança, e ela foi a única mulher que ele respeitou durante toda a vida... Até conhecer Abby. Ele vê nela uma coisa que não encontrou em todas as outras mulheres que já teve que a relaciona com sua mãe e é por isso que os sentimentos dele são tão fortes. Avassaladores, eu diria. Travis sente necessidade de ter Abby por perto. Ela se torna uma espécie de amuleto para ele, mesmo quando isso é o que ela menos quer que aconteça. Ele se transforma numa pessoa completamente diferente perto da Abby, começando pela forma como a chama e terminando em todas as coisas que ele é capaz de fazer por ela e para ela se sentir bem. A primeira impressão de Travis é aquele clássico: As meninas querem, os meninos querem ser. No caso dele, os meninos querem ser E têm medo. Mas depois que ele se envolve com a Beija-Flor, ele mostra que por baixo dessa máscara de força e dureza, tem um cara que pode ser sensível, carinhoso, fofo e apaixonado. Mas só por ela.

“Quanto mais ele sorria, mais eu queria odiá-lo, e, no entanto esse era o motivo pelo qual odiá-lo era impossível.”

Dos personagens secundários, Finch foi de longe meu preferido. É aquele amigo gay de que toda menina precisa em um determinado momento da vida. Ele não aparece muito, mas em todas as vezes que dá as caras, tem as falas mais divertidas e as atitudes mais admiráveis. America e Shepley só não são mais inconstantes de Abby e Travis. Apesar de não serem o casal principal, também se envolvem em um draminha que faz você torcer avidamente pela resolução enquanto lê.

O que te empolga mais ao ler Belo Desastre é a relação de amor e ódio que você cria com Trav e Abby. Até agora eu não sei se os amo loucamente ou se os odeio com todas as minhas forças. A balança pende mais par ao lado do amor, mas o livro é tão bem escrito, que a sensação de confusão nos sentimentos que eles dois experimentam em boa parte dele passa para o leitor. Jamie McGuire escreve perfeitamente bem. Todas as tramas são bem amarradas, sem pontos soltos e a narração de Abby é feita de um jeito que faz você não querer parar de ler nem para dormir.

Uma coisa boa: Jamie já disse estar trabalhando no segundo volume dessa série. Uma coisa não tão boa assim: Walking Disaster, ainda sem título em português – aposto em Desastre Ambulante – vai ser essa mesma história contada sob o ponto de vista de Travis Maddox, com a narração dele. Ou seja, Belo Desastre não vai ter uma continuação literal, a autora já disse que está satisfeita com o final dado por ela a Abby e Trav em BD. Eu não vejo a hora de ter o meu Walking Disaster em mãos, apesar de achar que essa história merecia continuação vitalícia, com um volume novo a cada ano.

E não se enganem: Apesar de parecer, Belo Desastre não é um livro teen. Tem sexo, palavrões, bebidas e violência. Na medida certa, mas tem. #FicaaDica

Eu nem preciso dizer que indico esse livro para o mundo, certo? Leia, releia e depois leia mais uma vez – porque é exatamente isso que você tem vontade de fazer quando lê a última pontuação do livro. Abrir na primeira página e ler tudo de novo.

“Vi a mesma paz nos olhos de Travis que tinha visto apenas algumas vezes, e me ocorreu que tal como nas outras noites, a expressão satisfeita dele era resultado direto da segurança que eu lhe transmitira.

Eu conhecia o sentimento de insegurança, de viver uma onda de azar atrás da outra, de homens que temem a própria sombra. Era fácil ter medo do lado negro de Las Vegas, o lado que o neon e o glitter nunca pareciam tocar. Travis Maddox, porém, não tinha medo de lutar, ou de defender alguém com quem ele se importasse, ou de olhar nos olhos humilhados e furiosos de uma mulher desprezada. Ele podia estar numa sala, encarar alguém duas vezes maior que ele e mesmo assim acreditar que ninguém conseguiria encostar nele – que ele era invencível.

Ele não temia nada. Até me conhecer.

Eu era uma parte da vida de Travis que lhe era desconhecida, o curinga, a variável que ele não conseguia controlar. Independentemente dos momentos de paz que eu lhe dava de vez em quando, em um dia ou outro, o turbilhão que ele sentia sem mim piorava dez vezes na minha presença. A raiva que ele sentia havia se tornado apenas mais difícil de controlar. Ser a exceção não era mais um mistério, algo especial. Eu havia me tornado a fraqueza de Travis.”


02
nov
2012

Resenhando: Os Arquivos Perdidos — Os Legados da Número Seis


Nome: Os Arquivos Perdidos — Os Legados da Número Seis
Autora: Pittacus Lore
Editora: Intrínseca
Skoob

Os Legados de Lorien se tornou muito rápido uma das minhas séries de livros preferidos, ali junto com Harry Potter, Jogos Vorazes e Percy Jackson. É fato que a série não é tão conhecida quanto as outras que eu citei, mas é igualmente maravilhosa. 

E eu, que morro de medo de aliens, me vejo agora totalmente apaixonada pelos sobreviventes do planeta Lorien, que foi destruído pelos Mogadorianos, também aliens. Agora, se vocês me perguntarem o porquê eu gosto tanto, eu responderei que é porque o livro te consome. Você não vê a hora de terminar um e poder ler o outro. E se desespera quando não tem mais um lançado.

Foi nesse desespero que achei e comprei esse E-Book. Quem já leu O Poder dos Seis, conhece brevemente a história da Número Seis e como os seus legados apareceram. Mas nesse livro curtinho (só tem 64 páginas) nós conhecemos mais à fundo e mais intimamente a protagonista.

Eu achei ótimo ter lido esse E-Book antes de começar a ler a sequência, A Ascensão dos Nove. Eu acho muito digno ter um livro desse contando como apareceu os legados de todos os número (exceto pelo número quatro e pela número sete, porque isso vem incluso no volume 1 e 2 da saga).

E termino essa resenha dizendo mais uma vez: James Frey e Jobie Hughes são gênios! 


01
nov
2012

Resenhando: O Poder dos Seis

Nome: O Poder dos Seis
Autora: Pittacus Lore
Editora: Intrínseca
Se eu já amei ler Eu Sou o Número Quatro não sei como descrever o que senti ao ler o segundo livro da série. O Poder dos Seis tem ação presente do início ao fim, e muitos mistérios.

O legal é que diferente do primeiro volume da saga, o segundo é narrado por duas pessoas: John (o número Quatro) e Marina (a número Sete), que ainda não havia sido citada em Eu sou o Número Quatro. Em cada capítulo é nítida a troca de narrador, e isso só deixa as coisas ainda mais interessantes.

No livro também conhecemos um pouco mais sobre a número Seis e sua Cêpan, já morta. John se divide também em relação à Sarah, e tem que lidar com sentimentos aflorando em relação à Seis.

Já Marina sofre porque sua Cêpan esqueceu aparentemente do que as trouxe à Terra.

O que mais gostei é que ele fugiu do romance que vimos em Eu sou o Número Quatro. Tem muita mais ação, muito mais luta. E tenho que confessar, estou meio cansada de romances água com açúcar. Certamente, a série Os Legados de Lorien só tem a crescer!